14/07/2015

A maioria sexo. Eu, amor


Sobre transar. Falar sobre sexo é um assunto de certo modo, bem natural pra mim. Dispenso todos os tabus que os puritanos insistem em bater na tecla e adoro falar sobre o tema.
Dito isto, já procuro deixar um assunto bem esclarecido, quando se trata de encontros e pretendentes: eu não faço sexo - não no sentido literal - e sim, amor.


Agora depois dos urras de protesto e de dizerem que acabei de ser paradoxal, faço aqui meu esclarecimento.

 Quando conhecemos alguém e rola aquela química... aquele calorzinho nos países baixos, aquela troca intensa de olhares e você descobre que as habilidades linguísticas do gato são boas, vem aquela dúvida: e o sexo? Prefiro me limitar a dizer, que nesses casos em que a química instantânea acontece, pra mim, nem sempre é sinônimo de que com certeza o sexo será tão bom quanto.
O problema? Definitivamente não é o cara, mas sim, eu.

Bom, sendo ainda mais específica, depois de algumas experiências sexuais, descobri e abracei essa característica em mim, ao invés de tentar lutar contra, levando inevitavelmente a consecutivos casos de frustração, que o sexo não vai funcionar logo de cara, sem o mínimo envolvimento social e/ou emocional da minha parte. Acho que chamam isso de Demissexual.

Aí você diz: ah então você só transa se estiver apaixonada? Minha resposta: Não necessariamente. Eu transo com quem eu tive tempo de assimilar o cheiro, o beijo, o toque e pude passar um tempinho que seja, fantasiando e criando o friozinho na barriga da primeira chupada, dedada, sacanagens ao pé do ouvido e tudo o que uma boa noite de sexo permite.

Assim, permito-me dizer que o 'fazer amor', não obrigatoriamente implica em algum tipo de envolvimento amoroso, e sim, na valorização de uma relação gostosa, que não precisa pular as preliminares sociais e partir logo de cara, para os finalmentes. Ou seja, não transo com desconhecidos, ponto.

Acho totalmente válido quem transa por puro prazer. Mas convenhamos, que o sexo só tende a ficar mais gostoso, depois da segunda, terceira, quarta... e para as mulheres, que tendem a ter seu prazer mais influenciado por traumas, estereótipos ou qualquer pensamento alheio, ficar a vontade antes por mais que você pense que está pronta pra transar na pegação, acredite, pode não estar.
Acho ainda mais bacana, quando no momento de se conhecer, eu tiver tido tempo até de ter uma noção do que o cara gosta ou deixa de gostar... e o qual é o 'perfil' dele quando se trata de sexo: se ele domina ou se deixa dominar, se ele é soft ou hardcore... Sério, vocês vão criticar que as transas inesperadas e casuais são bem divertidas, e o são mesmo! Mas nada é tão mais gostoso, que ter tido tempo de avaliar e evitar surpresas e assim, ambos poderem tirar o máximo de proveito que um pode em relação ao outro.

Quando vejo filmes em que as pessoas se esbarram em festas e fazem um sexo loucamente intenso, em que a menina faz tudo do jeitinho que o cara gosta e o cara, por sua vez, faz a menina gozar intensamente e várias vezes... fico curiosa em saber com que frequência isso de fato acontece na realidade.

Acredito que sexo temporal e inesperado só é bacana com alguém com que já se mantém um contato ou já rolou alguma conversa anterior. Acredito também, ser possível transar no primeiro encontro, porque eu mesma já fiz isso... mas aí eu te digo: foi um encontro em que ambos conversaram e marcaram previamente, foi de caso pensado e na hora... rolou. Por mais contrário do que possa parecer, ainda assim o contato casual inicial, podem ser fatores potencializadores de orgasmos, que as pessoas ultimamente não tem valorizado muito.

Vejo muitos caras pagando de garanhão por aí, achando que a mesma técnica que traz prazer para uma mulher, automaticamente se aplica à todas. Ou mulheres que acreditam que se a transa não foi legal, a culpa é apenas da performance razoável do cara - como se ela fosse uma boneca inflável.
Não vejo motivo de vergonha em admitir ou até dizer para os 'e aí gata? vamo transar?' um 'e ae cara? vamos trocar uma ideia primeiro... um encontro descompromissado, talvez?'.
Como já diz as técnicas tântricas de transcendência do ser através do êxtase sexual: o contato visual e o simples toque, podem ter efeitos que muitas pessoas não botam fé, mas deveriam.

E com isso, eu encerro este post frisando a seguinte mensagem: o gozo é livre. E adiar o prazer, pode ser bem melhor do que diz a vã sociedade.

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